A primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil, fundada em 1996, ocupa uma área de 1.124.000 hectares a 600 km de Manaus, no coração da Floresta Amazônica. A Reserva Mamirauá é uma das maiores reservas de área inundada do mundo e abriga uma incrível biodiversidade, além das mais de 10 mil pessoas que vivem por lá.
Foi com o intuito de conciliar a conservação da biodiversidade com o desenvolvimento sustentável para o benefício das populações locais que nasceram tanto a Mamirauá, quanto a Pousada Uacari, instalada dentro da reserva e administrada inteiramente pela comunidade. Hoje, os viajantes têm a oportunidade de visitar a Mamirauá hospedando-se na pousada. Com passeios incríveis de observação da flora e da fauna, esse é hoje um dos roteiros mais cobiçados na Amazônia.
Na reserva já foram catalogadas mais de 300 espécies de peixes, cerca de 400 espécies de aves e pelo menos 45 espécies de mamíferos. Veja alguns dos animais que você pode encontrar por lá!
(Para informações e reservas na Pousada Uacari entre em contato conosco: [email protected])
Macaco uacari-branco
Os macacos são o primeiro motivo de criação da Reserva Mamirauá. Foi para estudá-los e preservá-los que ela foi inaugurada. Os macacos uacari-da-cara-vermelha são característicos da Amazônia e dão nome à Pousada comunitária Uacari, que fica dentro da reserva. O uacari-branco já foi dado como extinto e é uma das três espécies de uacaris que você pode observar na Reserva Mamirauá.
Tucuxi
O tucuxi, também conhecido como boto-preto e pirajaguara, é uma espécie de golfinho que vive nos rios da Amazônia. Apesar de habitar as mesmas águas doces que os botos-cor-de-rosa, eles são geneticamente mais próximos dos golfinhos marinhos. Os tucuxis nadam a uma velocidade de até 60km/h e podem saltar até cinco metros acima da água. Em um passeio de barco pela região é bem provável que você se depare com eles.
Onça-pintada
Durante o período de cheia na floresta (entre abril e junho), o maior felino das Américas exibe seu comportamento arbóreo. É o momento em que é possível observár as onças-pintadas em cima das árvores. Pouquíssimas pessoas têm a oportunidade de observar as onças nesse momento, já que a Expedição Onça Pintada abre poucas vagas a cada ano. As de 2019, por exemplo, já estão esgotadas.
Macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta
Considerado um animal em risco de extinção, o Macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta é endêmico da Reserva Mamirauá e recebe cuidados especiais de conservação por lá. Seu nome científico, Saimiri vanzolinii, foi dado pelo criador do Instituto Mamirauá, Márcio Ayres, em homenagem ao compositor, e também biólogo, Paulo Vanzolini. Cerca de 150 mil animais habitam hoje uma área de somente 870 quilômetros ao sul da reserva. É considerada uma das 15 espécies amazônicas prioritárias pelo Plano Nacional de Primatas.
Quatipuru
O quatipuru é um esquilo tropical que habita a Amazônia e se alimenta de frutos, sementes e coquinhos. É frequentemente visto andando em casais, mas também tem comportamento solitário.
Gavião-de-cabeça-cinza
Conhecido também como gavião-gato, ele tem ocorrência neotropical, sendo encontrado do México até o Paraguai.
Garça-da-mata
A Garça-da-mata é uma espécie difícil de ser vista e é classificada como vulnerável pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza). Ela emite um som de baixa frequência semelhante a um grunhido de porco.
Jacaré-açu
É uma das quatro espécies de jacarés amazônicos estudadas pelo Programa de Pesquisa em Conservação e Manejo de Jacarés do Instituto Mamirauá. Bastante comum nos arredores da Pousada Uacari, o Jacaré-açú é o maior jacaré que habita a região. Pode atingir 6 metros e pesar até 300 kg.
Cigana
As ciganas são aves muito preparadas para evitar seus predadores. Por isso, têm conseguido manter a alta população de sua espécie. Como toda ave, ela cumpre um ciclo vital dentro dos ecossistemas aquáticos. É uma das três espécies de aves que apresentam em suas asas garras parecidas às encontradas no dinossauro Archaeopteryx, que viveu há 145 milhões de anos.
Bicho-preguiça
A Folivora, popularmente conhecida como preguiça, adora ficar nas árvores, mas também é ótima nadadora. Por isso, se adapta bem às épocas de cheia na região. Seu grande predador é a onça-pintada.