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Já imaginou caminhar em pleno carnaval por uma cidade onde os sentidos se misturam naturalmente? Belém é conhecida por ser a capital dos sentidos, onde tudo é vivido intensamente. E para você que busca curtir o Carnaval 2017 de forma intensa e diferente de tudo, sem cair na folia tradicional das grandes cidades, aqui é o seu lugar: história, cultura e geografia particulares fazem de Belém e da Ilha de Marajó – a maior ilha fluviomarítima do mundo – um destino para fugir do óbvio.

E a gente explica o porquê disso tudo com atrações exclusivas para você ver, sentir, ouvir, tocar e fazer uma verdadeira imersão de 6 dias nesses dois lugares, que serão inesquecíveis!

 

Capital dos sentidos

Ao som do carimbó, o cheiro das mangas e de outras frutas doces, exala pelas ruas com arquitetura colonial, cheias de cores. A gastronomia é bem particular, rica em peixes e temperos que aguçam os sabores e temperam a vida dos belenenses de pele dourada.Ilha de Marajó

Belém reserva e preserva sabores e saberes diferentes de tudo o que você já viu, sentiu e provou. Não à toa integra a lista das 47 cidades mais criativas do mundo, segundo a Unesco.

O açaí que hoje se tornou popular veio de lá, onde é consumido de forma diferente, embora deliciosa, do que você deve estar acostumado. O taperebá, cupuaçu, bacuri e patuá são outros exemplos dessa imensa variedade de frutas. Peixes saborosos e comercializados de forma consciente são outro diferencial da capital do Pará.

Tudo isso na Estação das Docas e no Mercado Ver o Peso, onde essa infinidade de cores e sabores se misturam ao som do típico carimbo. É pra lá que a gente te leva no Carnaval 2017, para conhecer de fato a cultura e a rica gastronomia belenense.

 

História e tradição da cultura indígena na Ilha de Marajó

A maior ilha fluviomarítima – pois o mar se encontra com a foz do Rio Amazonas – está a cerca de duas hora de barco a partir de Belém. Possui mais de 40 mil km² e seu nome, Marajó advém da língua tupi Mbara-yó, que significa “anteparo do mar”, ou “defesa do mar”. Os rios do Marajó foram se formando lentamente, como furos, recebendo as águas que vem dos rios Amazonas, Pará e Tocantins.

Ilha de MarajóA cerâmica marajoara é exclusiva do local e foi introduzida na Ilha de Marajó pelos índios que por lá habitavam e sua produção é datada entre 600 e 1200 depois de Cristo. Ou seja, é ainda mais antiga que o próprio Brasil – ou o que entendemos como Brasil depois da chegada dos portugueses em 1500. Já a ilha em si foi ocupada há cerca de dois mil anos por agricultores e ceramistas, que vieram desde os Andes.

Mais que apenas observar e conhecer essa arte reconhecida no mundo inteiro, você pode ter a experiência de produzir a sua própria peça no torno.

 

 

Ecossistemas únicos

Pelo fato de encontrarmos o rio e mar, um pertinho do outro, Belém e, especificamente, a Ilha de Marajó possui características muito singulares, formando um ecossistema totalmente particular, como vegetação diferenciada, guarás e búfalos, além é claro da enorme quantidade de peixes.

Uma das maravilhas dessa pluralidade da Ilha de Marajó é a capacidade de podermos mudar de ambiente facilmente. Uma hora você está contemplando a floresta amazônica, em outra ambientes rurais. Em seguida, se quiser relaxar, você pode se deliciar com um banho em alguma praia de água que mistura o doce dos rios e o salgado do mar.

Para você que pensava que os búfalos são animais que só encontramos em outros países basta chegar a Ilha de Marajó e perceber como eles são comuns e fazem parte do dia a dia dos belenenses. Além de estar inserido na gastronomia local, no consumo da mussarela de búfala, por exemplo, nesse lugarzinho tão especial do Brasil e tão único, eles servem para deslocamento dos policiais, para se ter uma ideia.

E esta é mais uma coisa que você pode experimentar. Parece coisa de novela, mas é só Marajó sendo… Marajó.

 

De Mário de Andrade a Manuel Bandeira

Cheia de personalidade e com muito para se descobrir, Belém e Ilha de Marajó são locais de fácil encantamento, onde quem vai se apaixonar. Até o escritor Mário de Andrade, lá em 1927, se declarou para a capital paraense. Veja só o que ele diz em uma carta enviada ao seu amigo e também escritor Manuel Bandeira:

“Estamos numa paradinha pra cortar canarana da margem pros bois de nossos jantares. Amanhã se chega em Manaus e não sei que mais coisas bonitas enxergarei por este mundo de águas. Porém me conquistar mesmo a ponto de ficar doendo no desejo, só Belém me conquistou assim. Meu único ideal de agora em diante é passar uns meses morando no Grande Hotel de Belém. O direito de sentar naquela terraça em frente das mangueiras tapando o teatro da Paz, sentar sem mais nada, chupitando um sorvete de cupuaçu, de açaí. Você que conhece mundo, conhece coisa melhor do que isso, Manu? (…) Belém eu desejo com dor(…) Quero Belém como se quer um amor. É inconcebível o amor que Belém despertou em mim…”

E aí, que tal se deixar apaixonar e descobrir esta maravilha de lugar no norte brasileiro, em pleno carnaval? Fuja da mesmice.

 

Explore e embarque nesta viagem. Você nunca mais será o mesmo depois do Carnaval 2017, e isso é mais um motivo para “fugir” para lá.