Em Julho de 2021 eu fui passar minhas férias com minha filha Maria Luiza na Europa. Aí, alguém pode se perguntar: mas Marianne, logo você apaixonada pelo Brasil, foi curtir o Verão na Europa? Eu não ligo e acho até boa essa reflexão!
Tenho 39 anos recem completados (canceriana com orgulho e intensidade!) e conheço 23 das nossas 27 unidades da federação Alô Piauí, Roraima, Rondônia e Amapá, aberta para convites e trabalhos Minha filha, Maria Luiza, 10 anos completos na semana passada, já conhece 10, incluindo viagens memoráveis na Amazônia (Amazonas e Pará) desde os 4, além de já ter amassado barro com as ceramistas do Vale do Jequitinhonha/MG, mergulhado nas águas transparentes de Bonito/MS e do Rio São Francisco em MG, no sertão alagoano e no seu encontro com o mar, já visitou comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, rurais e urbanas.
Maria Luiza com certeza, já experienciou mais do Brasil do que a maioria das minhas audiências de palestras por ai, que quando perguntadas se conhecem a Amazônia, sempre alcança uma média de 15% dos presentes. E vou dizer uma coisa: isso não é só sobre condições financeiras. É sobre ESCOLHA e PRIORIDADE. As brasileiras e brasileiros que podem pagar para viajar preferem conhecer o exterior. Fato.
Então, sim. Celebrando novos ciclos por aqui, decidi levar minha filha para conhecer novos Países, culturas, outros lados da história. Mas não sem antes ter certeza a imagem e o amor dela pela sua terra, suas origens e seu vínculo verdadeiro estava firme por aqui. Me orgulho dela não ter pisado num parque da Disney antes dos 10 anos e isso era uma meta importante para os meus valores, para a forma como eu educo minha filha.
Aos 10 anos ela se mostrou uma companheira incrível de viagem. Divertida, extremamente simpática, criativa. E também com bastante consciência e gratidão pelo seu privilégio. Viagens inspiram, transformam. E mesmo eu preciso de um “respiro”, pois afinal meu trabalho é 100% relacionado à essência do turismo brasileiro.
Foi inspirador ver como os destinos estão se organizando pós Covid, foi desesperador sentir na pele as consequências do aquecimento global chegando dentro da casa dos europeus, foi confortante ver que as experiências nos aeroportos e companhias aéreas brasileiras estão muito melhores do que estão oferecendo por lá neste momento de apagão de mão de obra, baixos salários, etc.
Foi super necessário ver práticas muito inspiradoras, ver como a tecnologia e os processos podem ser facilmente adaptados por aqui para melhorar a experiencia do nosso turista e me ajudou a reforçar minha crença de que o Brasil pode ser sim umas das maiores potências turísticas do mundo, se assim decidirmos ser!
Se eu indico visitar os lugares por onde passamos? Com certeza, nós AMAMOS! Se você tiver companhias e anfitriões como os que tivemos, que nos receberam como família, principalmente! Mas se me perguntar por onde começar, comece pelo nosso Brasil, porque vale a pena e é NOSSA CASA é Brasil!
Só cuidamos do que amamos. Só amamos o que conhecemos.