O forte no Vale do Jequitinhonha é o empoderamento feminino. É o artesanato que as mulheres da região produzem tirando literalmente da terra, do barro. É a história dessas mulheres, em uma região riquíssima, não necessariamente em recursos financeiros, mas em cultura e tantas peculiaridades. E por que não falar da gastronomia? Por que não falar de comida mineira?
Ainda mais estando em Minas Gerais, falar de culinária é praticamente automático. Terra de comida BOA (em caixa alta mesmo), conhecida por suas delícias Brasil afora e também pelo mundo. É por isso que hoje te convidamos a embarcar com a gente e conhecer um pouco das generosas opções na comida mineira – especialmente de alguns pratos preparados por nossas anfitriãs-artesãs e servidos durante o roteiro “Do Barro à Arte” [informações detalhadas no link!]. Preparado?
Basicamente, os pratos preparados levam ingredientes típicos da época e da região, que também tem influência de outros estados como Mato Grosso, Goiás e Bahia, trazendo elementos em comum com a culinária do Centro Oeste e nordestina. São eles:
Arroz com pequi:
Arroz é a base da culinária brasileira de norte a sul do país. Claro que existem variações, ainda mais considerando o tamanho do nosso país. Mas não há quem nunca tenha comido um prato de arroz, feijão, bife, batata frita e salada, não é mesmo? Nesta versão do Vale, ele é preparado com o Pequi, fruto típico do Cerrado.
Os benefícios de seu consumo fazem bem para o coração, para as articulações, agindo como anti-inflamatório, e por aí vai. Só coisa boa! Mas bom mesmo é seu sabor sem igual.
Frango caipira:
Falou em caipira é delícia na certa. Assim é também com o frango preparado pelas mulheres da Vale do Jequitinhonha. Tirada do animal criado na região, a carne branca é feita com temperos e iguarias também típicos. A receita única não pode ser transmitida. É só provando para saber!
Farofa de andu:
Para quem não sabe, o andu é um tipo de feijão. Curioso, né? Pois bem, é uma planta da família das leguminosas. Ele é poderoso, por ser muito nutritivo e rico em proteína. Neste caso, acompanha a farinha de mandioca, feita artesanalmente, no preparo.
Feijão tropeiro:
Esse prato bem brasileiro ganha força e raiz na mão das mineiras. Preparado com linguiça, bacon, ovos, mandioca e temperos, é para turista nenhum botar defeito – só se deliciar.
Carne de sol com mandioca:
Carne “de sol”, “de vento”, “serenada” ou “de sertão”. “Mandioca”, “aipim” ou “macaxeira”. Não importa o nome, essa combinação é maravilhosa em qualquer quanto do universo! E dispensa qualquer explicação a mais…
Paçoca de carne:
Difícil de imaginar, não é? Mas essa iguaria também é preparada com carne de sol. Fica bem soltinha, porém úmida no ponto certo. E leva temperos que a deixam irresistível de repetir.
Canjiquinha:
esse é um prato tipicamente de Minas Gerais, também conhecido por “quirera de milho” ou “péla égua”. É basicamente milho triturado grosseiramente até se esfarelar. Na versão mineira é preparado com carne de porco. A aparência é amarelada, cremosa e com pedaços de carne.
Da natureza direto para a mesa:
Saladas de folhas como alface, rúcula, couve e outras verduras são cultivadas na própria comunidade e chegam à mesa fresquinhas! Bem como os sucos de laranja, limão, maracujá e outros; e as frutas, como banana.
Quitutes para adoçar (e salgar) a vida:
Doce de leite, de mamão e pé de moleque. Tem também as quitandas feitas no forno a lenha, como biscoito, pão, bolo de fubá na folha de bananeira e pamonha. E falando em Minas, o queijo é imprescindível, é claro que está presente seja em forma de requeijão, coalhada ou no típico pão de queijo.
Hummmm… Não sei você, mas a gente, escrevendo esse texto, só queria estar hospedado na casa de uma das anfitriãs agora, sentindo o cheiro inigualável do forno a lenha, enquanto produz essas maravilhas da comida mineira. Então bóra #vivejar?
Foto: André Dib